Segundo Carl Gustav Jung, renomado psicólogo e psiquiatra suíço, a "sombra" refere-se a um aspecto oculto e muitas vezes reprimido da psique humana. Jung desenvolveu o conceito de "sombra" como parte de sua teoria analítica, que explora o inconsciente individual e coletivo.
A sombra representa os aspectos da personalidade que a pessoa tende a negar, rejeitar ou ignorar. Inclui características, impulsos, desejos e emoções considerados inaceitáveis ou indesejáveis pela consciência. Esses aspectos sombrios geralmente estão relacionados a instintos primitivos, medos, raiva, inveja, vergonha, impulsos sexuais reprimidos e outros conteúdos psicológicos reprimidos.
Jung enfatizava que, embora as pessoas tendam a reprimir sua sombra, ela continua a exercer influência sobre suas vidas de várias maneiras. Pode se manifestar em projeções, quando os indivíduos atribuem características indesejadas a outras pessoas ou grupos, em sonhos, em lapsos freudianos ou até mesmo em explosões emocionais inesperadas.
Integrar a sombra é um processo importante no desenvolvimento pessoal e na individuação, um conceito chave na psicologia junguiana que se refere ao processo de se tornar um indivíduo completo e autêntico. Ao reconhecer, aceitar e trabalhar com a sombra, uma pessoa pode obter um equilíbrio maior e uma compreensão mais profunda de si mesma.
É importante ressaltar que a sombra não se limita apenas a aspectos negativos, mas também pode conter qualidades positivas reprimidas, como criatividade, poder e autoconfiança. Explorar e integrar a sombra é um caminho para alcançar uma maior autenticidade e totalidade psicológica.